Já não é novidade que as conexões na era digital nos deixaram mais sós. A promessa foi de estarmos todos conectados em rede e do fim da solidão, mas o novo ritmo de vida fez com que passássemos a viver sem nos desligarmos dos computadores e smartphones.

“Estamos começando a tomar consciência de nossa insanidade. Coletivamente, estamos atravessando uma zona de solidão”- Sri Prem Baba.

Há também milhares de estudos sobre o efeito nocivo da solidão em nossas vidas, como depressão, problemas cardiovasculares, debilitação de nosso sistema imunológico etc.

Sim, somos sociais; sim, temos que nos cuidar para não nos isolarmos.

Mas podemos também olhar a solidão por uma outra perspectiva.

Precisamos de tempo para nós e a solidão pode nos servir como uma maneira de nos conectarmos com a nossa essência, para refletirmos sobre nossas escolhas, nossas necessidades.

“A solidão é para mim uma fonte de cura, que faz minha vida valer a pena. Falar é muitas vezes um tormento para mim, e eu preciso de muitos dias de silêncio para me recuperar da inutilidade das palavras.” C. G. Jung.

É uma solidão saudável, que nos traz mais para perto de quem somos, como se o nosso corpo e a nossa alma pedissem um tempo para falar conosco.

Nessa perspectiva, a solidão é uma forma de conexão consigo mesmo. É uma maneira de se sentir mais inteiro e mais pleno.

“Haverá maior solidão do que a ausência de si?” — Nilton Bonder

Pode ser uma grande oportunidade de autoconhecimento, um isolamento moderado para se redescobrir, sem julgamento, quem é você, do que realmente gosta, o que quer e o que precisa. Longe do personagem que criou nas redes sociais. Só você e você.

Experimente desligar 10 minutos o apêndice indispensável que é o seu smartphone para conversar consigo.